🐺Saudações lupinas
Essa é mais uma edição da Alcateia, uma newsletter para escritores, introvertidos, criativos, lobos solitários e mentes não domesticadas.
No e-mail de hoje você vai ver:
Uma data para a sessão de mentoria Escrever/Viver.
Uma reflexão para compartilhar.
Uma prática de escrita selvagem.
Um texto sobre atenção e amor.
💻Sessão de Mentoria Escrever/Viver
Atenção membros da Mentoria & Escola Escrever/Viver…
Nossa próxima sessão de mentoria ao vivo já tem data para acontecer:
Dia: 26/07 (quarta-feira)
Horário: 12h (meio-dia)
O link de acesso será disponibilizado dentro da plataforma Escrever/Viver, na seção de mentoria.
Se você ainda não entrou pra Mentoria & Escola Escrever/Viver, clique no botão abaixo, tenha acesso a quase 300 aulas e participe das nossas mentorias ao vivo.
Vejo você lá.
🧠Uma reflexão para compartilhar
Nós somos solitários, mas isso não quer dizer que não sentimos a dor de se estar sozinho (na verdade creio que a sentimos em maior intensidade). Por isso, cuidado quando você se sentir sozinho na presença de quem você ama. Pode ser o começo do fim.
Dói, mas é importante estar atento.
✍Escrita Selvagem
Você pode manter sua mente e alma longe da domesticação com uma simples prática semanal de escrita.
Hoje, escreva sobre isso...
Se você pudesse aprimorar uma das suas forças, qual seria? Por quê? O que está te impedindo de fazer isso agora mesmo?
💔Na ausência do amor, procuramos por atenção
Meus filhos estavam em férias escolares (por isso andei meio sumido) e isso significa mais diversão, viagem, bagunça e caos… muito caos.
Quem tem filhos pequenos sabe o nível de estresse que eles podem desencadear quando têm a chance de interagir com os pais durante todas as horas do dia (e da noite… e da madrugada…).
A gente faz o possível pra cuidar e educar da melhor forma, mas às vezes só vamos parar pra refletir sobre toda a experiência muito depois.
E é isso o que quero dividir com você hoje, uma reflexão sobre a nossa busca por atenção e sobre como isso está ligado ao amor (ou à falta dele).
Pois bem, nesse pequeno período de férias os meus moleques me tiraram a paciência dezenas de vezes.
Algumas desses vezes porque eles estavam fazendo arte mesmo.
Outras, porque eles tinham regredido para um estado selvagem estilo O Senhor das Moscas.
Mas em outras vezes eles só queriam atenção.
E se queriam atenção, talvez eu tenha falhado na tarefa mais importante de um pai: de deixar claro o meu amor.
Explico…
Todo mundo quer atenção de vez em quando. Nós nos sentimos importantes quando vemos outras pessoas parando suas vidas corridas para nos dar uma dose de atenção, não é mesmo?
É por isso que ficamos felizes quando lembram do nosso aniversário, quando somos elogiados publicamente ou até mesmo quando alguém que acabamos de conhecer memoriza o nosso nome.
A atenção faz com que a gente se sinta especial.
É humano querer atenção.
Porém, às vezes nós vamos além do querer.
Às vezes nós precisamos de atenção.
E é aqui que entra a relação com o amor, pois a necessidade por atenção é um tipo de substituto vagabundo, de segunda linha e meio deprimente para o que precisamos de verdade… que é o amor.
Pode reparar: quando nos sentimos plenamente amados por alguém, não precisamos chamar sua atenção a todo instante.
Quando amamos a nós mesmos de verdade, não damos bola para a atenção que vem das redes sociais.
Já, quando há uma falha nisso aí, nós corremos atrás da atenção feito miseráveis diante das sobras de um banquete.
Nós ficamos no pé de nossos parceiros, mendigando um olhar ou um toque (e correndo o risco de sermos vistos como chatos e grudentos). Nós nos submetemos ao ridículo e expomos nossa vida a desconhecidos em troca de likes e comentários. Nós convidamos desconhecidos para nossas camas e vidas apenas para nos sentirmos melhor com a gente mesmo.
Toda essa busca de atenção é, na verdade, a busca por algo que substitua o amor que não estamos recebendo (ou que não estamos sabendo perceber).
Sendo assim, sempre que flagrar alguém ou a si mesmo precisando loucamente de um pouco de atenção, pergunte-se:
Será que o que procuro de verdade não é uma conexão mais profunda com alguém?
Será que essa necessidade de aparecer não é uma forma de tapar o buraco que trago no coração?
Será que não preciso demonstrar melhor o meu amor?
Eu sei que é o que vou tentar fazer da próxima vez que meus filhos começarem a dançar pelados, entoando gritos de guerra, em cima de camas excessivamente altas nos hotéis da vida.
É isso aí. Se quiser falar comigo, deixar sugestões ou dividir algo interessante, é só escrever nos comentários ou responder a este e-mail.
Um abraço e continue criando.
Nano.
P.S. Alguém mandou esse texto pra você? Inscreva-se de graça AQUI.
Essa foi uma das melhores, obrigado.