🐺Saudações lupinas
Essa é mais uma edição da Alcateia, uma newsletter para escritores, introvertidos, criativos, lobos solitários e mentes não domesticadas.
No e-mail de hoje você vai ver:
Uma data para a sessão de mentoria Escrever/Viver.
Uma reflexão para compartilhar.
Uma [difícil] prática de escrita selvagem.
Um texto entediante.
💻Sessão de Mentoria Escrever/Viver
Atenção membros da Mentoria & Escola Escrever/Viver…
Nossa próxima sessão de mentoria ao vivo já tem data para acontecer:
Dia: 05/07 (quarta-feira)
Horário: 12h (meio-dia)
O link de acesso já está dentro da plataforma Escrever/Viver, na seção de mentoria.
Se você ainda não entrou pra Mentoria & Escola Escrever/Viver, clique no botão abaixo, tenha acesso a quase 300 aulas e participe das nossas mentorias ao vivo.
Vejo você lá.
🧠Uma reflexão para compartilhar
Você precisa da escrita na sua vida [inclusive de copywriting]. Mas isso não quer dizer que você necessariamente precisa ganhar a vida com a escrita.
Leia isso de novo.
✍Escrita Selvagem
Você pode manter sua mente e alma longe da domesticação com uma simples prática semanal de escrita.
Hoje, escreva sobre isso...
Imagine que seu maior medo se torna realidade. Mas não apenas pense em qual é esse medo… reflita sobre como ele teria impacto em toda a sua vida. Visualize suas consequências. Sinta as emoções. Agora pare e olhe para o que você tem e para tudo o que ainda há diante de você. Como isso faz você se sentir?
😒Já está entediado?
Teoricamente nada nos deixaria entediado. Não hoje em dia.
Pensa só…
Você não precisa mais encarar fila de banco pra pagar contas. Você tem acesso a um milhão de filmes e séries em sabe-se-lá quantos streamings. Você não precisa nem sair de casa pra fazer compras, se não quiser.
Contudo, mesmo que escolha fazer isso, ainda assim consegue evitar aqueles momentos de tédio [como filas e esperas] apenas puxando o celular do bolso e mergulhando em um feed infinito de micro-vídeos rápidos e milimetricamente construídos pra te dar um pico de dopamina.
Vai fazer uma viagem longa? Pode ouvir um podcast.
Está se sentindo solitário? Converse com seus grupos de amigos (que você não vê pessoalmente há semanas) no WhatsApp.
Quer fazer algo diferente? Uma rápida pesquisa na internet te apresenta inúmeras opções.
Se nada disso funcionar, você ainda pode escapar para aquele mundo que todo mundo finge não existir, mas que é uma verdadeira epidemia da era moderna: a pornografia [e aqui incluo OnlyFans e chats via Web Cam].
Dopamina lá no alto. Tédio lá no chão.
Pelo menos é como deveria ser, em tese, segundo a matemática e biologia bruta.
Só que na realidade não é o que vemos.
O que vemos é uma geração de homens e mulheres [e tudo o que existir no meio] distraídos, insatisfeitos e incapazes de lidar com os menores obstáculos.
Está todo mundo funcionando como zumbis, esperando a nova moda, em alerta para cancelar algo ou alguém, prontos para participar da nova trend.
Estamos conectados, entretidos e alienados. Mas tudo bem, porque em teoria não estamos entediados.
Mas isso gera um outro tipo de tédio. O pior deles. O tédio de uma vida e de uma alma rasa feito uma colher de chá.
Se você parar pra pensar, vai ver que o tédio é importante. Ele nos dá valiosas lições e nos dá uma oportunidade de ouro… a oportunidade de você ter que conviver consigo mesmo, com a sua própria mente.
Naquele momento em que você é forçado a esperar em uma fila, você tem a chance de refletir sobre a sua vida [ou sobre o que quer que seja].
Naquela hora de tristeza, você tem a chance de conhecer um pouco mais sobre quem você é de verdade e sobre o que é importante pra você.
Naquela situação em que você não tem o que deseja de imediato, você pode colocar as coisas em perspectiva, fazer planos e gerar uma mudança de rumo.
Naquela tarde sem nada pra fazer você talvez dê origem a um livro ou projeto que vai te dar orgulho para todo o sempre.
Tédio é importante. Frustração é fundamental.
É ao lidar com isso que amadurecemos e aprendemos a ser gente.
Aqui em casa tenho tentado intoduzir isso na educação das crianças - e isso é um enorme desafio. Mas mais difícil ainda é me livrar desses comportamentos viciados que se enfiaram silenciosamente na MINHA própria rotina, como um ladrão na noite.
Aos poucos tenho percebido que não precisamos de mais comida, álcool, pornografia, conteúdo, cursos, aventuras e até livros [qual foi a última vez que você, ao terminar um livro, se deu um dia para pensar sobre ele ao invés de já começar o próximo da lista?].
Nós precisamos apenas aprender a lidar com o tédio da forma certa, como adultos e humanos de verdade.
Bom, é isso… eu botei pra fora o que sinto que precisava ser dito. Espero não ter te entediado muito com esse texto [na verdade, espero ter entediado um pouco, sim… e tudo bem].
É isso aí. Se quiser falar comigo, deixar sugestões ou dividir algo interessante, é só escrever nos comentários ou responder a este e-mail.
Um abraço e continue criando.
Nano.
P.S. Alguém mandou esse texto pra você? Inscreva-se de graça AQUI.